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Escravos da Insensatez – Dr. José Eduardo Leonel

Trata-se de entrevista no programa ?Tribuna
Independente?, as 20:30h ao vivo para todo território nacional, na sexta-feira,
17/08. O Juiz Federal da 2ª Vara de Jundiaí irá falar sobre seu livro ?Escravos
da Insensatez? (que trata de temas heroicos, com edição de 02/04/18 já esgotada)
e sobre o conceito de ?altruísmo?.

PRESS
RELEASE DO LIVRO

 Juiz federal estreia na literatura com contos
sobre heróis históricos

Quem vê o jovem desportista, competidor de
triatlo, não imagina que ali se encontra um juiz federal e professor
universitário com mais de 20 anos de carreira (foi promotor por 5 anos antes da
Judicatura). José Eduardo Leonel, 47, reconhece que costuma causar estranheza
nas pessoas que se espantam com sua energia arrebatadora. ?Perdi a crença na
humanidade cedo demais para escapar ao cinismo. Mesmo assim, travo uma batalha
diária para ressuscitar o menino de dez anos crente nas possibilidades de
honradez e honestidade que a raça então exibia. ? É justamente esse espírito
inquieto que o inspirou a mergulhar na literatura para homenagear figuras
históricas que nos fazem acreditar no ser humano: os heróis. É a esses
personagens que ele dedica seu Escravos da insensatez: crônicas da história dos
heróis, lançamento da Editora Prismas.

Para José Eduardo Leonel, ?a ideia de herói
embaralha-se com a de sacrifício?, explica. ?Há também a excepcionalidade, pois
o herói é necessariamente capaz de fazer coisas que o homem comum não realiza.
? O ponto de partida para o autor é herói da perspectiva de Joseph Campbell, ou
seja, aquele que se dispõe a fazer algo para a comunidade, com total
desinteresse.

Não por acaso começa o livro com ?O dono dos
corações?, que narra um dos acontecimentos mais belos da história da
humanidade: a abertura de sua casaca, por Napoleão Bonaparte, dispondo-se a
morrer diante de 7 mil soldados. O narrador em primeira pessoa é um de seus 600
soldados que caminha de encontro ao poderoso exército de Luís XVIII. Por mais
teatral que tenha sido o episódio, foi um ato heroico.

No segundo, intitulado ?Bragança?, o narrador é
integrante da comitiva de Dom Pedro I, em passagem por Lorena, e comenta sobre
a personalidade heroica do monarca: ?Pedro diz, Pedro faz. Ele não ameaça para
praticar política. Jamais. ?

Em ?O manto negro?, descreve o momento em que o
ministro Adauto Lúcio Cardoso manifesta sua indignada repulsa frente à
aprovação do Supremo Tribunal Federal à Lei da Censura Prévia (Decreto-Lei
1.077), editada pelo Governo Médici em 1971, no auge da ditadura.

No conto seguinte, ?Alexandre?, o narrador é o
próprio Alexandre III da Macedônia (356 a.C.-323 a.C.), conhecido como
Alexandre, o Grande. Rei da Macedônia aos 20 anos, passou a maior parte da vida
em campanhas militares invictos, criando um dos maiores impérios do mundo
antigo, que se estendeu da Grécia ao Egito e ao Noroeste da Índia.

Os contos seguintes abordam vários personagens
e temas, como Rolando que, segundo a lenda, é sobrinho de Carlos Magno, de quem
recebeu a espada Durindana, que teria pertencido a Heitor de Tróia, com a qual
lutou bravamente contra os mouros na Península Ibérica; o espartano Leônidas,
às vésperas de sua derrota frente a Xerxes, que cortou sua cabeça e o empalou;
o primeiro encontro entre a poetisa inglesa Elizabeth Barret, autora de poemas
românticos, e seu marido, o também poeta Robert Browing; um dos discípulos de
Cristo que o acompanha em seus últimos momentos; Androcles, personagem de uma
das conhecidas fábulas de Esopo, que se torna amigo de um leão; a poetisa Safo;
o encontro do rei Arthur com sua espada Excalibur; o testemunho pessoal sobre a
experiência de flanar sobre as ruas de Paris; um tributo ao compositor
Rachmaninoff; e finalmente uma declaração de amor à própria avó que o inspirou
nas letras e na vida.

?Não interessa o que o herói realmente quer, se
ele tem um ego enorme ou nenhum, se pensa assim ou assado. Se ele se dispõe a
dar a vida pela comunidade, pronto: ele é um herói?, explica Leonel.

José Eduardo Leonel

Sobre o autor – juiz federal em Jundiaí, juiz
convocado no Tribunal Regional Federal da 3ª. Região por oito anos, professor
licenciado de Direito na Faculdade Autônoma de Direito (FADISP), possui
doutorado em Direito Penal pela Universidade de São Paulo (2006), sendo mestre
em Direito Processual Penal pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(2001). Atua na área de direito, com ênfase em direito penal.