Em evento promovido pela AJUFESP, ministro da Transparência defende atuação conjunta de órgãos de Estado contra corrupção

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Em evento promovido pela AJUFESP, ministro da Transparência defende atuação conjunta de órgãos de Estado contra corrupção

Cerca de 50 pessoas, entre Magistrados, servidores e público em geral, participaram nesta segunda-feira, 09 de outubro, do primeiro dia do III Congresso Ética, Corrupção e Gestão de Empresas promovido pela AJUFESP (Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul). Entre as autoridades presentes no evento estavam a presidente do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), desembargadora Cecília Marcondes, o diretor da EMAG-3 (Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região), desembargador Carlos Muta, e o ministro da Transparência e CGU (Controladoria-Geral da União), Wagner de Campos Rosário.

O ministro da Transparência foi o palestrante no painel sobre acordos de leniência. “Uma das coisas básicas para qualquer mecanismo de combate à corrupção é a atuação conjunta dos órgãos de defesa do Estado”, afirmou Wagner Rosário. ?Se cada órgão quiser assumir a função dos demais, e trabalhar sozinho, nós vamos ter um caos?, disse o ministro. “Se eu pretendo combater a corrupção, não existe um único órgão hoje no Brasil que possui características dentro da sua estrutura para combater a corrupção sozinha. A PF tem as suas especificidades, idem com o MP. A Receita Federal sabe muito de arrecadação, nós temos nosso conhecimento sobre a execução da despesa pública”, explicou.

No primeiro dia do Congresso falaram também os superintendentes da Polícia Federal no Distrito Federal, delegado Élzio Vicente da Silva, e no Rio Grande do Sul, delegado Ricardo Andrade Saadi. Ambos fizeram explanações sobre o tema colaboração premiada. Em sua apresentação, o delegado Saadi defendeu o papel da PF em fechar e conduzir a prática da colaboração premiada. “O Ministério Público pode se manifestar e até estar presente, mas quem deve fechar a colaboração é a Polícia Federal”, afirmou o Delegado.

Nesta terça-feira, dia 10, será a vez de ouvir o ponto de vista do Ministério Público, representado no Congresso pela procuradora da República Thaméa Danelon, integrante da Lava-Jato em São Paulo. Outro tema a ser abordado no evento será ?Caixa 1, Caixa2 e Caixa N?. Falarão sobre o assunto o presidente da Ajufesp, Juiz Federal Bruno César Lorencini, que foi juiz-auxiliar na Corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e o professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Gustavo Badaró.

O Congresso Ética, Corrupção e Gestão de Empresas é uma realização da Ajufesp com apoio da Emag-3 (Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Itaú e Governo Federal.